sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Oficinas de Tati Wells em Sibauma

foto de André Renan


zines e cadernos
re-configurando manualidades e territorialidades

eu e andré fizemos duas intervenções em duas turmas da escola de sibauma se não me engano foram duas 7a. series.. em sua maior parte meninas (90% :) e muito antenadas nas realidades do país e das questões globais que enfrentam como a alimentação e os protestos que mesmo não acontecendo ali foram vividos de forma intensa na escola gerando discussões e pontos de vista locais.

na primeira turma (exclusivamente meninas) conversamos sobre a oralidade versus o digital, de como em nossas ancestralidades mantivemos o conhecimento vivo através de gerações e como agora com todos os meios que possuimos não conseguimos manter esse conhecimento vivo, pelo contrário, privilegiamos o contato superficial e temporário via sistemas de comunicação privadas em um modelo de comunicação de massa e não-dialógico (sistema tv). falamos sobre a sociedade industrial, impressos, fanzines, rádio e tv e sobre a necessidade de resgatar conhecimentos tradicionais relativos aos territórios que habitam, as plantas medicinais, conhecimentos relacionados a formas e modos de viver que estão se perdendo - um resgate das formas locais de comunicação.

. uma prática de resgate cultural foi ensaiada atraves da confecção de mini-cadernos e uma retomada da manualidade nos fazeres comunicacionais. através desse pequeno gesto, confeccionar o seu próprio meio de comunicação, seu caderno, e assim retratar sua própria comunidade, buscamos também dar visibilidade a outras realidades para além do que nos apresentam via tv ou internet. vale notar que é recente a participação dessas jovens na internet, recém-chegada à sibaúma mas já totalmente capturadas por suas possibilidades (limitadas) de comunicação.

a necessidade desse pensamento e dessa prática crítica se fez obviamente necessária quando fizemos a oficina na segunda turma e essa se demonstrou totalmente inserida nos debates contemporâneos sobre o bem viver, alimentação natural, comunicação comunitária (passamos um longo tempo conversando sobre os malefícios dos transgênicos para a nossa saúde e nossa soberania alimentar) e que não ainda não haviam encontrado eco nos modelos tradicionais de comunicação. havia um desejo implcícito dessas jovens (e um pouquinho dos jovens :) de se auto-afirmar atraves de suas próprias idéias e não do que "ouviam falar". fizemos os cadernos mas ficou bem viva a idéia de se abrirem outros canais de informação e comunicação para além daquela oficina com um grupo se organizando para produzir o seu próprio jornalzinho local.
oxalá aconteça em breve!
[Tati Wells]

terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Grupo Pastoril de Cabeceiras na praça de Pipa



O grupo folclórico Pastoril de Cabeceiras (Tibau do Sul/RN) se apresentou na praça de Pipa depois do encontro "Versões da Oralidade" da sexta-feira, ao qual participaram Dona Lídia e outras componentes do grupo. 
Este fragmento vídeo foi filmado por Bruno Lira.

sábado, 14 de dezembro de 2013

Coco Zambé de Mestre Geraldo na praça de Pipa



Últimos minutos da apresentação do Coco Zambê do Mestre Geraldo na praça de Pipa, durante o 4º festival literário alternativo de Pipa - flipAut! 2013 
filmagem de Bruno Lira 
www.flipaut.org

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

A ciranda de Zé Martins



Minutos finais do show musical de Zé Martins na Praça do Pescador - Pipa - durante o 4º Festival Literário Alternativo de Pipa - flipAut! 2013 
Banda Fibra de Côco 
Filmagem de Bruno Lira

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Coco de Zambê do Mestre Geraldo na praça da Pipa


O coco é um ritmo originalmente criado no estado de Alagoas. O nome refere-se também à dança ao som deste ritmo. Coco significa cabeça, de onde vêm as músicas, de letras simples.
Com influência africana e indígena, é uma dança de roda acompanhada de cantoria e executada em pares, fileiras ou círculos durante festas populares do litoral e do sertão nordestino.
Recebe várias nomenclaturas diferentes, como coco-de-roda, coco-de-embolada, coco-de-praia, coco-do-sertão, coco-de-umbigada, e ainda outros o nominam com o instrumento mais característico da região em que é desenvolvido, como coco-de-ganzá e coco de zambê.
Cada grupo recria a dança e a transforma ao gosto da população local.
O Coco de Zambê do Mestre Geraldo foi criado na localidade de Cabeceiras, no município de Tibau do Sul no Rio Grande do Norte. Em 1999 lançaram o primeiro CD, "Zambê cocos", com 18 composições de autoria do grupo, entre as quais, "De cangaluê", "O navio de guerra", "Boi morto" e "Pedra rolando".
O coco de zambê é uma dança bem distinta das outras modalidades de coco nordestinas. É conhecido também por zambê-do-pau-furado. Sua presença em Tibau do Sul, Rio Grande do Norte, deve-se à provável existência, em passado remoto, de um quilombo na região. O próprio nome 'zambê', ao que tudo indica, é uma corruptela de 'Zumbi'. Na dança, os tambores são reverenciados como deuses que conduzem os brincantes - por vezes, ao êxtase.
Sabado, 7 às 19h30
na Praça do Pescador - PIPA

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Da imaginação à história colada.

(Arthur, 7 anos, aluno da Escola Municipal Domitila Castelo - Foto: Nane Freire)


                                                      
Hoje se inicia o 4º FlipAut! na Praia da Pipa, um festival literário alternativo, desenvolvido e apoiado por membros da comunidade local e pela Secretaria de Cultura Municipal, dentro da programação diversificada temos oficinas, lançamentos de livros, apresentações cênicas, leituras e bate-papos para adultos e crianças.

Dando início a programação, a oficina "Histórias Coladas" foi realizada na manhã de hoje (03/12), na Escola Municipal Domitila Castelo, com a professora Marizé Assis, alunos do ensino infantil retrataram narrativas, relacionadas ao cotidiano e ao imaginário, se lançando como pequenos autores e protagonistas de suas próprias histórias.

A metodologia da professora foi de incentivar a produção literária em forma de colagem, deixando livre a escolha do tema e quais materiais artísticos para auxiliar na narração. As "histórias coladas" serão expostas durante toda a semana na programação do FlipAut! na praça do Pescador.

Segue abaixo a programação de hoje (03/12):
Local:  Praça do Pescador:
18:00h - Versões da Oralidade com Jacinto Manoel (Nêgo) e Marizé Assis
19:00h - Palestra de Alex Gurgel: "Há vida criativa na fotografia potiguar?"
20:00h - Abertura OFICIAL do Flipaut
20:15h - "Vamos Ler" apresentação do Grupo Cultural do PETI com Gerson Maciel
20:45h - "Os Andarilhos do Coração" apresentação da Cia Cênica Ventura
21:30h - DesConferência: " Produção Colaborativa e Rede de Intercâmbio Cultural" com Luana Praes

domingo, 1 de dezembro de 2013

Da Rede Suspensa ao Poema Processo


DA REDE SUSPENSA AO POEMA PROCESSO

Slide-show com PLÍNIO SANDERSON
(poeta, prof., Cientista social, geógrafo e animador cultural)


O QUE É POESIA?
Para que serve?
O poeta é um sonhador? fingidor?
Em que a poesia pode servir a sociedade?
Exemplos históricos: Amálgama para as culturas
A poesia age sobre a sociedade na qual se manifesta estimulando e provocando essa humanidade a transformar-se
A poesia é instrumento de realização existencial do poeta?
Erza Pound, no “ABC da Poesia”

AS POÉTICAS DA INVENÇÃO: as três dimensões da palavra (semântica-sonora- gráfica) “POESIA CONCRETA prosa caótica e POEMA PROCESSO ótica futura”

LITERATURA POTIGUAR:
que história é essa?
EXISTE UMA LITERATURA DO RN?
POESIAS & MODINHAS: ANACRÔNICOS ROMÂNTICOS
Luís da Câmara Cascudo: “o provinciano incurável”
EPSÓDIOS RELEVANTES... DA VIDA LITERARÁRIA POTIGUAR

Sexta-feira 6 de dezembro
às 9h30 e às 15h30
na E.M. Vicencia Castelo - Pipa

Plínio Sanderson Saldanha:

Nasceu no Seridó do Rio Grande do Norte, na cidade de Caicó em 15/02/1963.
Antropólogo – Geógrafo – Educador – Poeta – Artista Plástico e Animador Cultural.
Estudou os 1º e 2º graus no Salesiano e Instituto Maria Auxiliadora, respectivamente
Bacharel em Cientista Social com habilitação em Antropologia pela UFRN Licenciatura em Geografia na UFRN
Membro do Conselho do Fundo de Cultura do RN Assistente Parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte

Leciona na rede privada de ensino desde 1984:

§ Professor de Geografia, Sociologia, Filosofia, História da Arte, Educação Ambiental,
História, Literatura e Geografia do Rio Grande do Norte.

Publicou e/ou participou das coletâneas:

§ “Ainda estamos vivos” (1979);
§ “Cio Poético” (1981);
§ “FANártico” (1983);
§ “Geração Alternativa - uma antilogia da poesia potiguar” (1997);

E individualmente:
§ “Atresia – uma penetração através dos poros” (1983);
§ “AfetART” (1985).

Participou ativamente das comemorações do Dia 14 de março a partir de 1981, onde produziu:
§ “1º Pic-Nic dos Artistas na Praia dos Artistas” (1987);
§ “Poesias Oferendas ao mar” (1986) – com apoio do Bar Mintchura, do jornalista Miranda Sá
§ “O Bode da Cultura” (1989);
§ “Poesia In-collor” (1990);
§ “Poema Concreto Armado em Berço Esplêndido” (2000), entroutros.

Ligado ao Festival de Artes do NataL(FAN), entre 1981 a 1987, onde realizou as performances:
§ “O que é Arte ? ” – com o psicólogo Josfân Antunes e participação do músico carioca Jards Macalé; (1983);
§ “Sete Auréolas Para Nossa Ociocidade Natal Letal “– com participação do publicitário e Vídeo-maker Augusto Luis (1985).
§ Participou na Organização do FAN em várias comissões: artes plásticas, literatura e Comando Geral.

Laureado nos concursos de poesias:
§ “3º Festival de Poesia e Música da UFRN” – melhor Poesia e também melhor Performance (1986), com “Vis Lumbrâncias Po ti Guares”.
§ “Prêmio Othoniel Menezes” – melhor poesia (2003), com “Inspiral - um estudo da poética”. prefeitura Municipal do Natal/ Fundação Capitania da Artes.

E ainda:
§ Fundou com o sociólogo e pesquisador João Gothardo Emereciano (“O Potiguar), o “Movimento Ativista Nada”, no campus da UFRN - Setor 2. (1982 a 1987).

§ Instaurou o 5C - “Comando Câmra Cascudo da Cultura Contemporaneiguar” (1988).

§ Em incursões nas artes plásticas participando de vários salões: as exposições da Associação dos Artistas Plásticos Profissionais do RN (1983, 1984), Salão da Convivart da UFRN (1990 e 1991), Salão de Novos – prêmio Nilton Navarro - FJA (1990).

§ Diretor Cultural da SAMBA (sociedade dos Amigos do beco da Lama e Adjacências), que visa o planejamento, a organização e a execução de eventos lítero-recreativo-sociais, objetivando resgatar a importância histórica/boêmia do “Beco da Lama e Adjacências”, num pleno exercício de identidade e pertencimento cultural.

§ Membro do Conselho Municipal (Natal) de Cultura para o biênio 97/98
§ Membro do Conselho de Cultura Estadual para Lei Câmara Cascudo 2003 à 2008
$ Membro do Conselho do Fundo De Cultura do Estado do RN (atualmente)
§ Idealizador e organizdor do “Barrados no Salão” - 1º Expô dos Excluídos”, em comemoração ao Dia do Artista Plástico, 2006.
§ Elaboração e realização de projetos de Animação e Marketing Cultural; consultória em leis de incentivo cultural ;
§ Cursos: "Estratégias de Engenharia de Marketing Cultural” e "Como Elaborar Projetos Culturais para Empresas Patrocinadoras” - Agência Cultural do SEBRAE (2002); Seminário: " Projetos Culturais: Mitos e Realidade" - Circuito Cultural do Banco do Brasil (2002).
§ Homenageado pela Fundação José Augusto no dia da Poesia de 2007.
§ Intervenção ambiental: $. 0 $ AMBIENTE, poema visual de 56 metros quadrado nas dunas da praia de Jenipabu (2007).
§ Exposição: Bibelôs & Parangoles, homenagem aos 40 anos do Poema Processo, Bardallo’s comida e arte (2007).
§ Escreve artigos sobre política cultural em jornais da cidade: “Politicaricatura cultural” (TN), “Geopolética” (JN), “Pauta Ulterior” (JN), “Peneira Furada” (TN) etc...

§ Tem no prelo “Panaroma no Kaos – um Ex-tudo da Polética”,

Consoantes e Vogais: a poesia de invenção de Avelino Araujo


Expô "CONSOANTES E VOGAIS: poesia de invenção"
by Avelino Araújo

curadoria Plínio Sanderson
Ter 3 a Dom 8
na Pizzaria/Espaço Cultural Caligula
av. Baia dos Golfinhos - Pipa


Nascido em 1963 em Patu-RN, atualmente vive em Natal, onde também é médico e artista plástico. Produz literatura / poesia visual / intersemiótica / experimental desde 1979, suas obras já foram impressas em mais de 250 revistas, jornais e antologias em todos os continentes. O autor possui também vários trabalhos em livros didáticos. Está também em dezenas de sites na Internet.Participou ativamente do movimento Mail Art ou Arte Postal

Minha terra, minhas cores

Minha terra, minhas cores... Um olhar atento sobre os traços. É assim que se traduz as obras pintadas por Izete Galvão que apresenta sua arte no FlipAut 2013. Uma paixão pelo desenho que começou ainda na infância e foi amadurecida quando surgiu a oportunidade de estudar o desenho e a pintura numa escola de artes em Maceió. Nas suas obras de Izete Galvão a técnica usada é a do óleo sobre a tela (pincel e espátula). São pintadas em estilo clássico e os temas são bastante diversos como figuras humanas, paisagens, natureza morta entre outras. Já foi exposta em vários hotéis das praias de Pipa e Tibau do Sul e também já ganhou a capital do Rio Grande do Norte em exposição no Banco do Brasil e na Receita Federal. A artista é natural do município de Goianinha.

Ter 3 a Dom 8 de Dezembro
Exposição no Sumos 
rua da Albacora - Pipa
das 10h às 23h
 

Zé Martins e Fibra de Côco - Andarilho


Zé Martins, poeta, músico, compositor e engenheiro mecânico. É membro da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do rio Grande do Norte (SPVA). Com o grupo “Fibra de Côco” apresenta um trabalho inovador: “Andarilho", de gênero Tecnorural Nordestino Universal, onde mistura musicalmente, o tradicional com o atual, trazendo as manifestações culturais de raízes para o moderno, contemporâneo e futurista. Pura criatividade onde resgata e mescla a Ciranda, o Côco com os novos estilos.
Quinta 5 às 21h30
no palco do flipAut! 2013
na Praça do Pescador - Pipa

Tenda literaria infantil "Leitura na Praça"

Durante o inteiro festival literário, de terça 3 a domingo 8 de dezembro, das 17h30 às 22h,   uma grande variedade de títulos de gênero infanto/juvenil estarao a disposiçao para os jovens leitores presentes no evento.
Oficinas e outras atividades serão realizadas de forma extemporânea pelas mulheres do projeto "Leitura na Praça" e outros convidados.

Poesia pela Janela... com Zé Martins


Como são loucos os poetas,
escrevem na pedra não lapidada
escrevem na areia, antes do preamar
lêem nas estrelas versos lúdicos

Como são loucos os poetas,
dirigem naves intergalaxiais
traçando rumos
no meio dos dragões
sedentos, pelos bares
na rua da sobriedade

Como são loucos os poetas,
não são remunerados e
cantam todas as noites
fazem versos do “nada”
descobrem sentimentos
e sonham como o vento
constroem muralhas intransponíveis
ultrapassam paredes invioláveis
e se perdem na fumaça solta
não tem idade,
não tem relógio

Como são loucos os poetas,
desafiam exércitos,
convocam falanges
e disputam com os magos
no reino dos deuses

Como são sábios
estes loucos poetas




Zé Martins é engenheiro mecânico, professor do IFRN, poeta, compositor e cantor. Atual presidente da Sociedade dos Poetas Vivos e Afins do Rio Grande do Norte (SPVA/RN). em uma constante participação em eventos populares e acadêmicos.

Poesia pela Janela
Recital poético 
de 
Zé Martins

Quarta 4 de dezembro
às 19h na
Praça do Pescador