terça-feira, 5 de dezembro de 2017

Homenagem a Antônio Pequeno - O Poeta da Pipa


O Barco do Amaro 
Quando eu saio em meu barco
pra um peixinho pegar
ouço um canto diferente,
um canto de admirar. 
Essa Sereia que canta
os peixes moram com ela
e eu no meu barco a vela
a vida é bordejar 
Esperando pelo vento
que me traga para o porto
nisso eu sinto grande gosto
de viver amando o mar 
O home que ama o mar,
ama os peixes, a Sereia,
ama as pedras, ama a areia,
o porto de ancorar.


A Poesia, como representação da alma do povo, floresceu na Pipa desde fins do século XIX, ou início do século XX, com vários poetas, principalmente Antônio de Moça de Pedro com suas "Loas" de "Bois de Reis", "O Nascimento do Aurora" e "Eu Vi". Na década de 40, surgem os primeiros "dramas" ou "Peças" dramáticos -musicais, e os "motes", ou versos políticos, escritos na época de eleições, representados, sobretudo, pelo poeta-motista José Fidelis da Costa.
A partir dos anos 50 é que Antônio José Marinho, começa a escrever seu poemas, trabalhando em seu sítio Vassourinha e pescando nos currais da Praia do Canto, hoje conhecida com Baía dos Golfinhos. Ao longo das décadas, "seo" Antônio Pequeno andou conquistando fama como poeta, prosador e compositor, até transformar-se numa verdadeira Memória Viva da Pipa.
Entrevistado por TVs e jornais, soube mostrar toda a poesia que existe no cotidiano do seu povo, e as emoções que já se eternizaram em seus escritos, que em muito contribuem pelo conhecimento e caracterização de uma época, pela quantidade de informações etnográficas, históricas, folclóricas, linguísticas, sociológicas, além do humor, da graça, dos trocadilhos.
Domingo, 10 de agosto, a partir das 20h, na Praça do Pescador, haverá uma linda homenagem ao Poeta da Pipa, Antônio Pequeno. No palco do flipAut! 2017, filhos, parentes, amigos e convidados vão relembrar muitas anedotas divertidas sobre "seo" Antônio e a Pipa de outrora. Não Perca!

Nenhum comentário: