quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Lançamento: O mar sou eu


Desde 1992, Jean Sartief é conhecido das artes potiguares. De lá para cá muita coisa passou na vida desse jovem artista que incluiu a poesia contemporânea com um dos nortes de sua caminhada. No dia 22 de setembro, quarta-feira, no Espaço Cultural Buraco da Catita, a partir das 19h, Sartief lança seu quarto livro, O mar sou eu, que une suas três grandes paixões: a poesia, as artes visuais e o mar.
O livro foi menção honrosa na última edição do Prêmio Otoniel Menezes de Poesia e é uma das obras mais esperadas da literatura potiguar em função das riquezas visuais como da poesia sempre festejada na cidade. Com uma tiragem limitada e numerada, O mar sou eu, traz inúmeras ilustrações, intervenções, fotografias e surpresas visuais tão impactantes quanto a própria escrita de Sartief, marcada pela afetividade, entretanto, existe agora um olhar amadurecido em direção ao outro, à cidade e ao mar.
Com 36 anos, Sartief tem um extenso currículo: quatro livros publicados, diversas participações (e premiações) em coletâneas locais e nacionais, exposições, residências artísticas nacionais (esse ano foram duas, uma em Minas Gerais e a outra em Pernambuco), prêmios de arte, ilustrações de livros, textos em revistas nacionais, blogs e sites, poesias premiadas fora do Brasil e mantém uma natural simplicidade daqueles que são devotos do mar.
O mar sou eu é resultado de um exercício de preciosismo aprimorado desde as intervenções de diagramação do último livro (Na boca das tuas palavras, 2004). Nesta nova obra, Jean Sartief apurou o trabalho com concisão atingindo uma objetividade poética que é ressaltada pelas diversas intervenções visuais que a tornam uma peça única dentro das publicações potiguares. “É um livro inusitado, primoroso e que remete a uma intensidade poética e humana que poucos escritores possuem”, analisa a escritora e poeta potiguar Rosângela Trajano.
“O mar sou eu teve um tempo próprio. É uma construção adornada por efeitos visuais intensos e precisos. Filtrei, aparei e ele nasceu na espuma do mar como a Vênus, com uma atmosfera própria, contemporânea e vibrante”, confessa o multiartista.
Ao todo são 68 poesias e inúmeros cuidados visuais que vão desde a inserção de fotografias originais como também adesivos nos quais o leitor pode dispor onde bem interessar. O formato do livro também é diferenciado. “Queria um livro embalado pela mão com um ar que misturasse poesia, emoção, música, artes visuais e amor sem preconceitos”, relata.
É seguro concluir que, por maiores que seja as expectativas e menores que sejam os fãs de poesia, O mar sou eu, é um livro que entrará na lista das grandes publicações potiguares.

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