domingo, 19 de dezembro de 2021

Sebista do 3º milênio: Oreny Júnior


 

Quando idealizamos o bate-papo "Sebistas do terceiro milênio", pedimos para Eduardo Vinicius e Oreny Júnior, convidados pro palco, enviar uma breve nota biográfica que contasse por alto como os dois chegaram a ser sebistas.
Edu do Seburubu ainda não mandou nada; já Oreny, mandou o texto que segue abaixo muito atrasado, quando a chamada da atividade tinha sido já lançada nas redes sociais e o festival estava preste a principiar.
Por isso, só hoje, com mais tranquilidade podemos publicar o texto que Oreny demorou muito a enviar, mas que vale a pena ser lido.
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Idos 2015, o desemprego bateu na minha porta, depois de belos 12 anos de uma retomada como CLT.
O que trouxe no bisaco foram ideias, conceitos de um breve antepassado, o gosto pela leitura e uma vontade de montar uma biblioteca ou como aprendi recentemente através de um amigo, um quarto de livros.
O destino, se é que ele existe, associado à busca, à vontade de querer fazer, tipo a fé com obras.
A mochila que antes era do trampo CLT, virou o sebo itinerante, mas não vamos ao sebo itinerante agora não.
Senti a necessidade e dever de lançar o meu livro que estava na gaveta há anos. Foi aí que tudo começou, a preparação para lançar "Fórceps''. “Fórceps” voa ao sabor do vento.
Um ano após, veio “Metamoformas”, tipo um complemento do gênero escolhido para “Fórceps”, veio a continuidade, só que poemas recentes. “Fórceps”, uma antologia.
A partir dos dois livros, me inseri num projeto capitaneado por Thiago Gonzaga, "Caravana de Escritores Potiguares", onde o intuito era percorrer as escolas públicas do Rio Grande do Norte. Fizemos isso com afinco, carinho e determinação.
Paralelo a tudo isso, comecei a tomar gosto pela literatura potiguar, onde iniciei a montagem de um acervo particular, com foco na literatura potiguar, o quarto que antes era do meu filho, virou o quarto de livros.
Na sequência, os livros foram se duplicando, o volume aumentando assustadoramente.
Daí surgiu a necessidade da ideia do sebo, isso mesmo, sebo físico, com ramificações para o virtual, onde enxergava a plataforma Estante Virtual.
Procurei fazer o cadastro na Estante Virtual, onde após uns 6 meses o mesmo foi aprovado, e a partir daí comecei a efetuar as vendas na referida plataforma.
Lembro bem o primeiro livro que vendi na plataforma, Vigiar e Punir, de Michel Foucault. Foi uma alegria que não sei mensurar no momento.
Da Estante Virtual veio em seguida o sebo físico; em sintonia com o amigo Eduardo Vinícius, do Seburubu, abri o que hoje é conhecido como Gajeiro Curió.
Conexões, redes sociais, virtualidades, nativismos conectados, ideias na cabeça.
Facebook, Instagram, Mochilas, Feiras Itinerantes, Selo Editorial, um conjunto de sorrisos, onde hoje só sou, porque as asas da imaginação, sem medo de voar, trouxeram-me até aqui, locais que não sei quais, só sei que estou, até o dia que o Criador permitir. O tempo do Gajeiro é o amanhã, hoje somos semeaduras, com o propósito da bela flor que está nascendo, raiando os dias vindouros de uma juventude linda e corajosa.

Oreny Júnior
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